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O e-commerce irá acabar com os shopping centers?

O e-commerce irá acabar com os shopping centers?

Será que o e-commerce vai acabar com os shopping centers ou existe espaço para os dois modelos?

Uma pesquisa divulgada pelo banco Credit Suisse, prevê ainda que 20% a 25% dos shoppings centers norte-americanos devem fechar no espaço de 5 anos.

Em valores absolutos, 250 dos 1.200 shoppings centers nos EUA serão fechados – muitos deles grandes empreendimentos.

Esses números têm uma causa clara: a chegada do comércio eletrônico.

A conectividade e o uso de ferramentas e serviços online, os modelos de comportamento e consumo mudaram, criando uma nova necessidade para o mercado.

Além disso, no caso dos EUA, sendo o quarto maior país do mundo em extensão territorial, não é difícil imaginar as barreiras geográficas que as marcas enfrentam diariamente para marcar presença junto ao seu consumidor, problema praticamente eliminado pelo e-commerce.

Prova disso é que o mesmo levantamento da Credit Suisse mostrou que o número de vendas online do vestuário norte-americano deve pular dos 17% atuais para 37% até 2030.

O cenário no Brasil

Ao observar esses elementos, somando-se o atual cenário econômico, você pode imaginar um resultado semelhante no Brasil. Mas, surpreendentemente, o Brasil registrou resultados positivos em ambos os setores.

Somente em 2016 foram inaugurados 20 novos empreendimentos, totalizando 561 shoppings em operação no país, aumento de 3,7% em relação ao ano anterior.

Já o e-commerce brasileiro faturou em 2016 o total de R$ 53,4 bilhões, 11% a mais em relação a 2015, segundo pesquisas. Então, se nos EUA o e-commerce afetou diretamente os shoppings centers, no Brasil não houve impacto.

No caso dos shoppings centers, enquanto nos EUA trata-se de um setor maduro e, até mesmo, saturado, no Brasil ele segue em desenvolvimento. Os famosos outlets, por exemplo, ainda são novidade, existindo apenas 11 em operação – nos EUA são mais de 200 existentes.

Já para o e-commerce, existe uma similaridade bastante positiva: a extensão territorial e a possibilidade de conquistar espaços que as lojas físicas não alcançam.

Se nos Estados Unidos as vendas eletrônicas já respondem por cerca de 12% das vendas totais, no Brasil ainda são apenas 4%, ou seja, há uma enorme fatia de mercado disponível.

Diante desses dados, não surpreende que, mesmo com a crise que aplacou a economia brasileira nos últimos anos, o setor de comércio eletrônico registre crescimento anual de 15% e um dos cenários mais promissores para 2017, onde espera-se que o faturamento do setor alcance R$ 59,9 bilhões.

Conclusão

Podemos concluir que, se nos Estados Unidos o e-commerce impactou os shopping centers negativamente, no Brasil o cenário, não apenas demora para se repetir, como pode nem acontecer.

Basta que a expansão desse segmento seja realizada com planejamento e integração com os demais mercados.

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Por Kai Schoppen, fundador e CEO da Infracommerce

Gestão de E-commerce

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