Plataforma de E-commerce – Qual a melhor opção, Open Source ou SaaS?
Open Source ou SaaS? Essa é uma pergunta que tenho escutado muito nos últimos anos. Contudo, para um gestor ou proprietário de e-commerce obter a resposta obrigatoriamente serão necessárias mais perguntas.
Qual o orçamento para implementação da plataforma? A empresa tem desenvolvedores internos ou terceirizados? O negócio pede um nível alto de customização?
Se o sua loja virtual não requer nenhum tipo de customização e seu orçamento é pequeno, a solução mais recomendada é o SaaS (Software as a Service). Contudo, é preciso ter bastante claro que as funcionalidades serão padronizadas (e às vezes limitadas) na solução de SaaS escolhida.
Também será preciso submeter-se ao roadmap do fornecedor de SaaS. Ou seja, novas funcionalidades serão liberadas para todos os usuários da plataforma ao mesmo tempo.
Já para um projeto de e-commerce com alto nível de customização e necessidade de múltiplas integrações com o ecossistema de comércio eletrônico, o mais recomendado é uma solução onde você é proprietário do código fonte.
As vantagens dos sistemas Open Source
Com o open source, além do controle absoluto do roadmap, você conquista a portabilidade da plataforma de e-commerce. Ou seja, não fica refém de uma plataforma de e-commerce “alugada”. Essa liberdade aumenta quando a opção de Plataforma open source tem arquitetura de software modular. Assim, é possível desenvolver partes da plataforma, consideradas estratégicas, e terceirizar outras partes do desenvolvimento que são menos importantes.
Contudo, para usufruir plenamente desta liberdade é importante possuir algum recurso interno de desenvolvimento. Pode ser que 100% de seu desenvolvimento seja terceirizado, mas um recurso interno (que até pode ser terceirizado também) irá proporcionar velocidade em pequenas tarefas que fazem diferença no resultado final.
Opções de módulos e extensões
Outro ganho pela opção de código aberto é desfrutar de extensões e módulos desenvolvidos por comunidades de desenvolvedores, como no caso do Magento. Nenhuma empresa com código próprio e fechado consegue acompanhar a velocidade de desenvolvimento de milhares de desenvolvedores espalhados pelo mundo. Claro que em ambiente open source é preciso “separar o joio do trigo”.
Há excelentes módulos com custos baixíssimos, mas que nem sempre funcionam ou podem trazer problemas de performance à sua loja. Por isso, é sempre importante ter apoio de especialistas na escolha e implementação de uma plataforma de e-commerce baseada em código aberto. Neste ponto, é preciso muito cuidado.
O código é aberto (grátis), mas requer investimento em implementação, integrações e customizações. Se optar por desenvolver seu e-commerce internamente, partindo de um open source, terá se separar parte do orçamento para contratação e treinamento da equipe técnica.
As plataformas de e-commerce alugadas – SAAS
Uma vantagem da opção pelo SaaS é que não há preocupação com infraestrutura de data center e atualizações de software. O modelo SaaS já inclui a hospedagem do e-commerce e deve garantir uma SLA (Service Level Agreement), além do provedor de SaaS ser o responsável pelas atualizações do sistema. Contudo, quanto maior o e-commerce, maior a necessidade da estrutura de hosting de alta disponibilidade e principalmente escalabilidade, capaz de suportar grandes picos e sazonalidades do varejo.
Acredito que o SaaS pode ser uma excelente forma de ingresso no e-commerce com velocidade e baixo investimento. Contudo, quanto mais a operação de comércio eletrônico cresce em complexidade e tem necessidade de se diferenciar dos seus concorrentes, mais o open source se torna a melhor alternativa.
Por Vinicius Pessin, CEO da e-Smart